AFOXÉ OYÁ ALAXÉ

     O Afoxé Oyá Alaxé nasce com a proposta visceral de se conectar com a África, trazendo para os dias de hoje elementos que reafirmam nossa afro-brasilidade-étnico-religiosa-sócio-cutural-tradicional-paradigma-explicito-carnavalesca.

     De um sonho conjunto à concretização... os idealizadores Maria Helena M. Sampaio e Fábio Gomes, após confirmação de Ifá pelo nosso Omô Babá Oluayê, padrinho e incentivador Paulo Braz F. da Costa (Alapini), nos comunicou após telefonema: “realmente OYÁ quer um afoxé, eu joguei os búzios e ela confirmou, pode iniciar e o nome da entidade será AFOXÉ OYÁ ALAXÉ. O nome da entidade não se refere uma qualiade da natureza Oyá, e sim uma saudação que significa Oyá a senhora do Axé "a possuidora do Axé Oyá", existe até um orin (toada) para ela.

     É, justamente através dos fundamentos da Tradição Nagô em Pernambuco, que temos orgulho em contemplar como símbolo maior desta entidade a natureza divina Orixá do nosso panteão afro-brasileiro, a nossa mãe OYÁ, mais conhecida aqui em Pernambuco como Iyánsan, Deusa do raio, das tempestades e ventanias, imponente rainha dos eguns e principal esposa de Xangô, orixá guerreira, yiá-agan (senhora do culto aos eguns), mulher com a força de um homem, bela e amorosa, mãe acolhedora... sinceridade, respeito e humildade são os seus princípios.

     Dentro dessa tradição nasce o Afoxé representante dos fundamentos da Nação Nagô do Recife, em 12 de abril de 2004, que apesar de ser uma nova entidade é formada por importantes alabês, percussionistas e principalmente pela vocalista, Maria Helena, considerada uma das vozes mais bela dos Afoxés. Com intuito de enaltecer a cultura brasileira e os Candomblés do Brasil, vem contribuir para o desenvolvimento artístico dessa manifestação popular, realizando pesquisas, resgatando os costumes, divulgando as músicas, danças e ritmos do nosso povo, mantendo viva nossas heranças afro-pernambucana, através dos ritos sagrados da Nossa Nação.


• SÍMBOLOS

mmAs manifestações e expressões do nosso povo negro do Recife, que é a terra de Xangô, traz na sua essência a espontaneidade, beleza, alegria e fundamentos tão africanos quanto os da terra mãe, a África. O afoxé é uma manifestação irmã do maracatu nação ou de baque-virado (manifestação surgida a partir da instituição dos reis de Congo, utilizada para dominar os negros, mas logo transformada em expressão de liberdade pela comunidade negra), por isso os nossos símbolos representam a liberdade do nosso culto, o nosso estandarte tem:

     A logomarca do nosso afoxé representa o busto de uma mulher negra com lenços em várias tonalidades de rosa, representando o vento e a cor da natureza Oyá.

     O búfalo, que representa uma história mitológica sobre a orixá Oyá, e o nosso Babalotim, representado por uma escultura em madeira, traz consigo o axé do nosso afoxé;

     A cachoeira, representa o poder, a beleza e a fertilidade da mãe Oxum, assim como o amarelo, que significa o ouro, para nós aquela pequena nascente dos rios fonte inesgotável de riqueza... ambas filhas de Yemanjá, a grande mãe água;

     A floresta, representa a natureza viva, a sobrevivência, Ogun abrindo os caminhos, Odé caçando os alimentos sagrados e Ossain o conhecimento das folhas e do axé;

     O rosa e o marrom, são as cores predominantes do nosso afoxé pois representam as cores de OYÁ e uma menção aos Reis da fartura, iponência, o segredo e a vida Obalúwayè e Xangô o Okóoyá;

     O branco, é a pureza, a calmaria, a paz encontrada no orixá funfun, Orixalá, o grande pai dos orixás e do nosso afoxé.

O nosso afoxé enaltece com vivacidade a natureza de todos os nossos divinos Orixás: Exú, Ossãe, Ogun, Odé, Obaluaê, Nanâ Buruku, Xangô, Iemanjá, Oxum, Oba, Ibeji, Oyá (Iansã), Iroko, Orixá Okô, Orunmilá, Obatalá (Orixalá) e o Deus supremo Olorum.